Heavenly Sword. Antes de seu lançamento, Heavenly Sword foi aclamado como o “próximo God of War” da Sony, tais eram as expectativas colocadas sobre ele. Assim que foi lançado, revistas e sites ao redor do mundo chamaram Nariko, a protagonista, de “Kratos de saia”…
Bom, nem um nem outro, Heavenly Sword consegue se assemelhar a God of War em sua mecânica e por mais que se diga o absurdo de Nariko ser Kratos de saia, o jogo tem uma história bem profunda e a ruiva tem muita personalidade.
Ou seja, a habilidade e o poder de forjar seu próprio caminho, em vez de simplesmente ser comparado ao “Bem da Guerra”. Neste review vamos explorar um pouco dessa jóia do Playstation 3 que foi esquecida pelo tempo. Vamos relembrar a Heavenly Sword a Saga Narika e a Espada Amaldiçoada.

Desenvolvedor: Ninja Theory
Editora: Teoria Ninja
Lançado: 12 de setembro de 2007
Número de jogadores: 01
Gênero: Ação/Hack and Slash
Plataforma: Playstation 3
Heavenly Sword: O Guerreiro e a Espada Amaldiçoada
Segundo a lenda, era uma vez, pessoas que eram pacíficas e gentis umas com as outras começaram a cobiçar suas terras e riquezas, causando brigas, brigas, guerras e, posteriormente, a morte.
Cansado de toda a carnificina, o guerreiro desceu dos céus e, armado com sua mística espada, brandiu-a para destruir todo o mal que assolava seu povo.
Depois que a paz foi restabelecida (na base da surra), esse guerreiro simplesmente sumiu, e ninguém sabe ao certo para onde ele foi.
No entanto, sua espada mística foi deixada para trás, dando origem a inúmeras teorias, como a do guerreiro fundido com a espada, ou mesmo de que sua vida foi drenada pela espada. Outros afirmam que o guerreiro ascendeu de volta ao céu e aguarda o momento certo para retornar à terra, reencarnado como uma criança de sua aldeia.
Onde quer que o guerreiro esteja, a espada é real, e por gerações e gerações tem sido a ganância de muitos homens, do mais virtuoso ao mais implacável, embora a lenda diga que quem a empunha terá um poder absurdo, mas em troca sua vida lentamente consumida.
O rei Shen, que conhece toda essa lenda, decide guardar e proteger a espada mística até que o guerreiro reencarne e possa usar a espada para trazer paz a todos. Houve muita especulação de que o futuro filho do rei Shen era a reencarnação de um guerreiro, mas para tristeza do rei e decepção de toda a aldeia, em vez do menino que finalmente nasceu, nasceu uma linda menina de cabelo cor vermelha.

Para aumentar toda essa decepção, sua esposa finalmente morre, dando à luz Nariko e enfurecendo ainda mais o rei Shen. No fundo, o rei queria a todo custo matar aquela criança, que, além de ser diferente de todos que ali viviam, também provocou a morte de sua esposa. Mas por mais que ela quisesse matar a pobre criança, Nariko era sua filha e ela não tinha feito nada de errado.
De qualquer forma, o rei Shen decide criar e treinar a criança quando ela for mais velha para que ela possa proteger seu povo e principalmente a si mesma.
Lord Bohan, líder de uma grande força militar, alguns anos depois, resolveu invadir o vilarejo de Nariko e saquear a espada sagrada, além de sequestrar algumas pessoas de seu vilarejo, inclusive o seu pai, o rei Shen. Ao lado de sua amiga, Nariko embarca em uma missão para recuperar uma espada mística, salvar seu pai e matar Lord Bohan.

Qualidade de cinema: Heavenly Sword
Heavenly Sword é um jogo com qualidades visuais dignas de cinema na época de seu lançamento. Digo isso porque a qualidade gráfica utilizada aqui é muito alta mesmo para os padrões atuais.
Os personagens são bem construídos e todos possuem belas expressões faciais, além de todo cuidado com o ambiente em que nos movemos durante nossa aventura.
God of War 3,não tinha sido o seu lançamento ainda para o Playstation 3 no tempo do seu lançamento, e Heavenly Sword sendo um jogo de ação disponível e mais lindo que havia na época.
Se os gráficos são cinematográficos, e a trilha sonora? Heavenly Sword tem músicas que se encaixam não apenas no cenário, mas também na situação em que estamos.
Um momento de calma, estamos presenciando uma música mais calma, mais suave, já um momento de tensão, teremos uma música mais pesada e frenética.
Em geral, as canções seguem um estilo oriental com muitos sons de flauta e ritmos típicos da música ritual chinesa e japonesa. São canções muito absorventes.

Heavenly Sword: Nariko joga um facão em todos!
Agora chegamos à parte mais interessante: o jogo.
Continua após o comercial..
A Ninja Theory foi, sem dúvida, inspirada em God of War para criar o combate neste jogo. Como no jogo inspirador, temos uma câmera que focaliza o personagem e não consegue controlá-lo. A câmera se move automaticamente, sempre buscando o melhor foco para a luta.
Temos ataques rápidos e fracos, ataques lentos e poderosos e ataques à distância, sem contar as esquivas “à la” de God of War que são feitas com o analógico direito.
Os inimigos não ficam sentados esperando que você derrote um e o outro para atacá-lo. Aqui você pode ter 3 ou 4 vindo em sua direção ao mesmo tempo e você precisa de velocidade para evitá-los e contra-atacar. Aliás, cada inimigo emite uma aura que indica o tipo de ataque que lança. Se a aura for azul, significa um ataque fraco e podemos nos defender do ataque. Agora, se a aura estiver vermelha, é melhor fugir porque ela não tem defesa!
Você já ouviu falar em Sixaxis? Bem, foi o primeiro modelo de controle do PS3 a vir com um sensor de movimento. Muitos gamers reclamavam na época que não tinha vibração e logo depois disso a Sony teve que lançar o Dualshock 3 que vinha com sensor de movimento e olha só, com vibração! E aí você pergunta: Tá bom, mas o que essa explicação tem a ver com a jogabilidade do jogo? Não muito, só queria falar sobre os próprios controles…
Brincadeira, a verdade é que a Heavenly Sword usa o sensor de movimento Sixaxis/Dualshock 3, então Nariko, ou sua amiga, pode mirar o arco/besta e atirar flechas nos inimigos. Você tem que continuar movendo o controlador para encontrar a posição certa para lançar o projétil no local desejado. O controle de movimento foi algo interessante que a Sony copiou… Então eles implementaram em seu console, mas apenas alguns jogos usavam esse recurso, que eram mais parecidos com os primeiros jogos de console.
Para completar os ataques da menina de cabelos vermelhos, pode sempre, jogar os objetos no chão, como espadas, pedras, lanças e também corpos de alguns inimigos! É bizarro, mas é muito gratificante jogar o corpo de um inimigo morto em outros inimigos!
Tudo de bom, não dura muito: Heavenly Sword
Heavenly Sword é um jogo frenético com muitas lutas e sequências de botões (eventos rápidos de Shenmue e muito usados em God of War) e uma trama bem bacana, mas que não deixa de ter problemas e tem alguns. A primeira delas é a repetição de inimigos. Sim, eles podem vir até nós em massa, mas isso não significa que eles sejam muito diversos e de alguma forma vamos nos cansar deles com o tempo.
Também devo apontar as quedas constantes de quadros que o jogo tem. Como o PS3 ainda era um console “novo” em 2007, muitas empresas ainda eram pioneiras no hardware do console, e pequenos problemas como quedas de quadros ou telas de carregamento longas se seguiram.
Finalmente, Heavenly Sword é um jogo muito curto que leva pouco mais de 5 horas para ser concluído e pode ser concluído facilmente em um fim de semana.
Heavenly Sword – Vale a Pena?
Embora Heavenly Sword, lançado em aproximadamente 2007, há desesseis anos, ainda está sendo um ótimo jogo para se divertir. Uma trama bem construída e um personagem carismático e mortal, acompanhado de músicas memoráveis, fazem de Heavenly Sword um grande clássico do PS3 e mesmo com os problemas de drop.
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